Faltam 5 dias.

Então já 20 de dezembro, nessa época, a carta do papai Noel já estava recheada de pedidos, uns tão ultrapassados e simples, outros tão singelos. No tempo em que era criança (oh época gostosa, de comer amora), todo o ano esperava ansiosa pelo natal, não para fazer a cartinha, mas esperando o dia em que brincaria o dia todo com os primos, e sempre e/ou quase sempre na cidadezinha onde morava, chovia, caia uma chuva gostosa com sabor de chocolate e cheiro de terra molhada, era nessas horas que coração batia forte, e os olhos enchiam de lágrimas.
Subia em árvores, brincava de bola, corria na rua, e se esquecia do tempo. Enquanto isso a família reunida, se divertia. Ah, pais nem se lembrava das crianças, que já estavam sujas de rolar na lama. Época boa era que tinha inocência; e como toda criança só queria brincar. A cartinha era entregue a mamãe, pois papai Noel, nunca existiu, já era fadigo que um dia alguém acabou com o sonho de ver o bom velhinho (...)

Hoje concluo minha carta ao meu bom Deus, peço que dê a paz, o amor, e uma noite carinhosa, com uma boa comida, aos necessitados; que todas as crianças tenham nessa noite o brilho nos olhos, e o sorriso de satisfação. E assim permaneça
Que meu pedido seja atendido.